playcasinologin -A manifestação em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no último domingo (25), em São Paulo,

Bolsonarismo busca sobplaycasinologin -revida política reforçando discurso de ódio

A manifestação em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL),íticareforçandodiscursodeóplaycasinologin - no último domingo (25), em São Paulo, reforçou a tática política adotada pela extrema direita no Brasil do chamado populismo religioso e demonstrou que o bolsonarismo busca sobrevivência eleitoral alimentando a base cristã. O ato serviu para manter os apoiadores ligados ao conservadorismo nacional coesos e apontar o tom da disputa política nas eleições municipais.

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A manifestação, convocada logo após o cerco da Polícia Federal ao ex-presidente, contou com a presença de quatro governadores, deputados e prefeitos, além dos pastores Magno Malta (que também é senador pelo Espírito Santo) e Silas Malafaia, este último apontado como um dos financiadores.

Acuado pelas investigações da PF e pela inelegibilidade imposta pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Bolsonaro saiu em sua própria defesa, tentou suavizar o seu comportamento anterior e sugeriu passar uma borracha no passado.

No lugar dos ataques aos ministros do Supremo Tribunal Federal e as demais instituições da república, um apelo à anistia aos envolvidos no oito de janeiro e a defesa do Estado Democrático de Direito.

O ato na Avenida Paulista acabou tomado pela estética religiosa, com repetidas citações bíblicas, louvor cristão como trilha sonora e discurso de dois pastores evangélicos.

"Não está ali colocada uma crítica à economia lá do Haddad, não tem questões de educação, saúde, tudo. Todo discurso ali está de alguma maneira vinculado à narrativa fundamentalista", explicou Delana Corazza, pesquisadora do Instituto Tricontinental que estuda os evangélicos e trabalho de base.

Coube ao governador do estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), recuperar supostos feitos do governo Bolsonaro e aproximar, minimamente, o evento de algo mais materialista e laico.

"O que nós percebemos do populismo religioso é o acionamento de símbolos, de formas, de performances, especialmente de ruas, de manifestações das lideranças nas mídias e em espaços públicos, e que atendam, não exclusivamente, ao público religioso, mas que atendam ao público maior com características de uma religiosidade que beira o fanatismo", descreve a pesquisadora Magali Cunha.

Ao colocar Deus no centro do discurso, Bolsonaro revela que o eixo fundamentalista ainda é sua principal base eleitoral, o ponto de fôlego da sua narrativa e que expoentes desse fundamentalismo, como o pastor Silas Malafaia, permanecem como financiadores e artífices da extrema direita no país.

A fé no centro da narrativa

Já passava das 15h do último domingo (25) quando Michelle Bolsonaro começou a discursar no ato em defesa do marido, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Para um público vestido com a camisa da seleção brasileira, ela fez um discurso repleto de símbolos religiosos. Emocionada, gritou "glória a Deus" diversas vezes, mencionou que Bolsonaro havia sido escolhido para governar o país e conclamou os religiosos a se envolverem com a política.

Michelle Bolsonaro trazia estampado no peito um pedido muito comum entre religiosos: "Ore pelo Brasil&39;. A ex-primeira-dama, segundo pesquisadores ouvidos pelo Brasil de Fato, é a personagem que representa com mais autenticidade a estética evangélica. Ela vive, de fato, a experiência religiosa que manifesta ao grande público e utiliza uma linguagem facilmente absorvida pela maioria da população periférica e evangélica, em especial as mulheres.

"Sim, por um bom tempo nós fomos negligentes a ponto de falarmos que não poderíamos misturar política com religião e o mal ocupou o espaço", afirmou a ex-primeira-dama.

"O peso da fala dela é que essa disputa é central hoje com a população. É muito bem utilizada pela Michelle. Ela tem o estereótipo, ela tem a estética crente, né? Ela se movimenta, ela gesticula, ela está a todo momento olhando pro céu, se emociona. É um culto pentecostal", explicou Delana Corazza.

"Ela está falando de um período contemporâneo, um período presente, em que, nessa consideração, e que é compartilhada por algumas figuras do universo evangélico, é preciso uma presença mais forte, uma interferência maior, para que o Brasil seja definitivamente um Brasil que se renda ao governo de Deus", aponta Magali Cunha.


Apoiadores de Bolsonaro usam bandeira de Israel durante ato na Avenida Paulista / Lucas Martins (@lucasport01)

Israel e o sionismo cristão

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