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Josete Dubiaski da Silva (PT) é curitibana e servidora pública. Iniciou sua carreira como bancária no extinto Banestado e,Éhoraderenovaçãlobo888 fortune tiger - a partir de 1985, foi professora na rede municipal de ensino da cidade. Entre 1987 e 1994, lecionou na rede estadual, e posteriormente integrou a equipe que criou o Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba (SISMMAC). Foi presidente do SISMMAC e dirigente estadual da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Graças à sua atuação destacada, Josete foi eleita para a primeira legislatura nas eleições de 2004. Desde então, obteve diversas vitórias eleitorais: já são 20 anos de mandato parlamentar.

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Em uma segunda-feira, Josete recebeu a reportagem do Brasil De Fato Paraná e fez um longo balanço a respeito de seu mandato, dos rumos da esquerda curitibana, e também, de seu futuro. Apesar da vereadora Josete estar se despedindo, a militante promete continuar ativa nas suas atuações políticas após um prometido período de férias.

BdF: Você pretende se candidatar ou está se despedindo da política institucional?

Josete: É o último mandato como vereadora. Independente de ter outra possibilidade à frente de ocupar um espaço institucional, de forma alguma é o fim da linha. Eu tenho uma caminhada em vários setores e acho que quem sempre esteve nos movimentos a vida toda, mesmo nos espaços institucionais, continua militando no movimento de mulheres e outros espaços. Então, temos aí várias alternativas. Além do debate dos direitos das mulheres, também temos nos aprofundado na economia solidária e na segurança alimentar e nutricional. Participo há algum tempo do Conselho Municipal do setor debatendo com coletivos. Também é um espaço que podemos ocupar, contribuir, aprender mais.

Então é uma indicação que apesar do último mandato da Câmara você continua na militância, mas pretende se candidatar a outro cargo eletivo no futuro?

Vai depender... Eu fiquei na primeira suplência como deputada estadual. Nesse momento não é algo que eu tenha como objetivo, mas no futuro pode acontecer. Na Câmara, é o quinto mandato. A gente precisa renovar também. O PT tem quadros que podem assumir essa tarefa também.

E como foi tomada essa decisão de não se candidatar mais esse ano?

Já era uma coisa que a gente vinha amadurecendo. Chega o momento que a gente cumpre o papel. Cinco mandatos é muita coisa. São vinte anos! Acho que contribuímos bastante e é um amadurecimento do coletivo mesmo, de todos aí que nos acompanharam nesse período, então acho uma decisão muito tranquila. Ninguém é insubstituível, e tem muitas pessoas que podem ocupar esse espaço com muita competência e compromisso.

E qual o balanço você faz desse período de atuação na CMC? Quais os momentos mais marcantes que você teve aqui na casa? Que tipo de Curitiba que você encontrou em 2004, e qual Curitiba que você observa que temos agora?

Eu venho do movimento sindical. Fui presidente do sindicato do magistério de Curitiba. Então, a gente traz essa caminhada do movimento sindical. Foi natural que essas pautas fossem uma das principais do mandato, tanto na defesa dos servidores como das políticas públicas que atingem a vida das pessoas, a educação, a saúde, a própria segurança alimentar, a assistência.

Um país como nosso, com uma desigualdade tão grande... Curitiba também é uma cidade muito desigual. Debater política pública é fundamental para inclusão das pessoas. As coisas vão caminhando, as demandas vão chegando e a gente vai absorvendo.

O direito à cidade como um todo, como a questão do transporte coletivo, do acesso à moradia, onde acompanhamos diversas ocupações em Curitiba, a pauta das mulheres, direitos humanos em uma forma geral... No passar do tempo, fomos absorvendo.

A gente sempre brinca: o mandato é como uma esponja. São muitas demandas. Lógico, a gente não dá conta de tudo, mas, na medida do possível, aquilo que a gente pode encaminhar a gente encaminha também.

Um lugar, no fundo, de aprendizados.

E aqui dentro foi um grande aprendizado para mim. É um espaço que nos desafia muito. Eu acredito que para mim foi muito importante ter um coletivo. Eu sempre falo que não podemos nos deslumbrar, porque em qualquer espaço de poder a pessoa poder ser atraída.

Eu tenho lado, e isso nos ajudou a manter a coerência nas nossas atitudes. É um aprendizado muito grande porque, ao assumir uma posição, temos os louros de um lado, daqueles que votaram conosco, que acreditam no nosso projeto de sociedade, onde o parlamento seja um espaço para debater políticas públicas; e ao mesmo tempo tem o ônus disso, que, ao ter posição aqui dentro, você está sujeita a ser vidraça e tem as consequências, a violência política, o cotidiano, muitas vezes pesado.

Mas eu acho que a gente cumpriu uma tarefa importante que foi trazer para essa casa e reafirmar e dar continuidade a mandatos de mulheres combativas, e ocupar esses espaços de maneira qualificada.

Um espaço onde predomina o machismo.

As pessoas, principalmente nesses espaços, que são muitos masculinos ainda, imaginam que as mulheres têm que ficar mais caladas e não devem se posicionar muito. Essa é a leitura que muitos vereadores têm aqui. Então, incomoda quando uma mulher se posiciona.

Na medida que isso traz um desafio constante e um desgaste, nos ajuda a crescer, fazendo essa luta das mulheres, fazendo essa luta pela igualdade e acesso aos espaços de poder.

Acho que em vários momentos pautamos temas aqui mostrando que o nosso projeto pensa na maioria da cidade. Muita gente critica achando que a gente não gosta de Curitiba. Muito pelo contrário: porque a gente gosta e entende que a cidade tem que ser inclusiva, é que a gente faz a crítica para que as políticas públicas possam avançar.


Josete foi eleita vereadora pela primeira vez em 2004, pelo PT, reelegendo-se em 2008 e 2012. / Divulgação

Fonte: BdF Paraná

Edição: Pedro Carrano


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