O ministro Dias Toffoli,çãcasino online ohne einzahlung - do Supremo Tribunal Federal, mandou abrir uma investigação contra o ex-juiz e atualmente senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e procuradores da República no Paraná para apurar as suspeitas de fraude envolvendo uma delação premiada fechada por Moro quando ele era juiz federal em Curitiba, em 2004.
Continua após publicidadeA decisão, foi revelada pela jornalista Daniela Lima, daGloboNews, e confirmada pelo Brasil de Fato. A medida atende a uma manifestação da Procuradoria-Geral da República após o próprio delator, o empresário e ex-deputado estadual do Paraná, Antônio Celso Garcia, conhecido como Tony Garcia, denunciar ao STF que teria sido induzido por procuradores e Moro a grampear autoridades de forma ilegal após fechar o acordo.
A investigação é mais um capítulo de uma série de revezes que Moro vem sofrendo nos últimos anos desde a derrocada da Lava Jato. Além deste caso, o senador corre o risco de perder o mandato graças a uma ação movida contra ele na Justiça Eleitoral no Paraná e que deve ser julgada ainda neste ano.
Delação guardada a sete chaves
Apesar de antigo, o caso envolvendo a delação de Tony Garcia só veio à tona após o juiz Eduardo Appio, crítico dos métodos da Lava Jato, assumir a 13ª Vara Federal de Curitiba no ano passado. Tony Garcia já havia relatado as supostas ilegalidades durante uma audiência realizada em 2021 com a juíza Gabriela Hardt, a substituta da 13ª Vara Federal e que acabou rescindindo o acordo dele com o MPF em 2022. Os documentos da delação, porém, ficaram guardados por anos sob sigilo na 13ª Vara.
Sob a gestão de Appio, Tony Garcia conseguiu acesso aos documentos e registros de sua colaboração e, a partir dai, ele apresentou as informações sobre as supostas irregularidades ao Supremo Tribunal Federal. Agora, o caso deve ter novos desdobramentos com potencial de afetar outras operações que foram chefiadas por Moro antes da Lava Jato.
Empresário e ex-deputado
Em 2004, Garcia foi preso pela PF, acusado de gestão fraudulenta do Consórcio Nacional Garibaldi, empresa fundada em 1989 e que faliu anos depois, causando prejuízos a milhares de clientes. Ele concordou em fazer uma colaboração premiada, no fim daquele ano, com procuradores da força-tarefa do caso Banestado junto à 2ª Vara Federal de Curitiba (atual 13ª Vara). Com o acordo ele conseguiu reduzir sua pena.
Moro vem negando irregularidades no acordo desde que o caso veio à tona. Em nota divulgada nesta segunda-feira (15), a assessoria do ex-juiz informa que ele ainda não teve acesso aos autos. “O senador informa que sua defesa não teve acesso aos autos e reafirma que não houve qualquer irregularidade no processo de quase vinte anos atrás. Nega, ademais, os fatos afirmados no fantasioso relato do criminoso Tony Garcia, a começar por sua afirmação de que "não cometeu crimes no Consórcio Garibaldi".
Edição: Vivian Virissimo
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